quarta-feira, 27 de junho de 2012


Brasil começa a produzir remédios antiasmáticos em 2013


A partir de 2013, o Brasil entra no mercado de produção dos antiasmáticos. A transferência de tecnologia será feita pelo laboratório espanhol Chemo à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Farmanguinhos, para a fabricação do medicamento formoterol+budesonida, usado na bombinha do asmático. Com a produção nacional, o Ministério da Saúde espera economizar cerca de R$ 100 milhões e beneficiar aproximadamente 200 mil pessoas.
A economia também vai alcançar o doente de asma que hoje gasta pelo menos R$ 100 por mês com o tratamento, que é constante. Asmática crônica desde os 4 anos, a servidora pública federal, Ana Cristina Leal Propato, disse que usa o inalador pelo menos três vezes ao dia.
“O asmático não tem noção de quando vai ter uma crise. De repente, o peito fecha e a pessoa pode até morrer. Gasto por volta de R$ 30 com a bombinha e, nos momentos de crise, o corticoide sai por mais de R$ 100. Vou ficar de olho [nessa medida], pois remédio para asmático é muito caro e a gente tem que tomar para o resto da vida”, contou Ana.
Após os ensaios clínicos, o medicamento precisa ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de ser lançado no mercado. O volume estimado de produção para o primeiro ano da parceria chega a 50,5 milhões de unidades.
Dados do Ministério da Saúde apontam que só, no ano passado, foram gastos mais de R$ 82 milhões com internações no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência da doença que é uma das principais causas de internação em crianças de até 6 anos. Desde o dia 4 deste mês, drogarias credenciadas no programa Aqui Tem Farmácia Popular distribuem gratuitamente remédios contra a asma. De acordo com o Ministério da Saúde, os três medicamentos – brometo de ipratrópio, dipropionato de beclometasona e sulfato de salbutamol – estão disponíveis em mais de 20 mil estabelecimentos em todo o país.
Cerca de 2,5 mil pessoas morrem por ano por causa da asma. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai), de 10% a 25% dos brasileiros têm asma e o Brasil é o oitavo país em prevalência da doença.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 300 milhões de pessoas sofrem com a asma e 60% são crianças. Anualmente, em âmbito mundial, esse problema respiratório chega a matar 250 mil pessoas. A asma é hereditária e seus principais sintomas são falta de ar, tosse e chiado no peito.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br

segunda-feira, 25 de junho de 2012


Pacientes de asma alegam que falta informação sobre a doença



Desde o dia 4 de junho, o Ministério da Saúde oferece gratuitamente três medicamentos para o tratamento da asma -  brometo de ipratrópio, diproprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol – em mais de 20 mil farmácias privadas credenciadas  ao programa Aqui Tem Farmácia Popular e nas mais de 500 farmácias da rede pública de saúde.  
Apesar da iniciativa, a fisioterapeuta e presidenta da Associação Brasileira de Asmáticos (Abra), Tânia Nein, alega que falta informação sobre a doença e muitos dos remédios para tratar a doença ainda não são distribuídos pelo governo.
“A asma é a quarta causa de internação hospitalar no país. O tratamento ainda é caro e difícil, pois muitos pacientes ainda não sabem usar os medicamentos corretamente. Metade do controle da doença está na respiração correta, no cuidado com o ambiente e no uso correto da medicação. Alem disso, muitos dos remédios para o tratamento da inflamação ainda não são distribuídos pelo governo”, contou.
A Abra é uma organização criada no Rio de Janeiro, em 1992, com o objetivo de educar e orientar, por meio de palestras mensais, os pacientes que sofrem com a doença. O trabalho educativo é realizado por vários profissionais da saúde.
Antes dessa inclusão, os medicamentos já eram ofertados nas farmácias credenciadas com até 90% de desconto. A expectativa é que a gratuidade amplie o acesso a medicamentos e o número de beneficiados, reduzindo as internações por asma. Anualmente, o Programa Farmácia Popular atende a 200 mil pacientes para fornecimento da medicação para o tratamento da asma. Estima-se que, com a gratuidade, esse número alcance 800 mil.
Em dez dias de gratuidade dos medicamentos para asma nas farmácias populares, cresceu quase 30% o número de beneficiados com os medicamentos para asma. De acordo com o Ministério da Saúde, 20,4 mil pessoas retiraram os medicamentos entre 4 e 13 de junho, enquanto, nos dez dias anteriores à iniciativa, 15,7 mil pessoas receberam os remédios.
Para tratar a doença no Distrito Federal, foi criado em 1999 o Programa de Atendimento ao Paciente Asmático do DF (Papa), parceria do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, que visa a garantir acompanhamento ambulatorial e tratamento adequado ao paciente, além de promover palestras com orientação para a população.
“O Papa ainda garante a distribuição gratuita dos medicamentos para o tratamento da asma. A inclusão dos três medicamentos na lista de distribuição das farmácias populares foi uma forma de descentralizar o acesso da população a esses remédios. A ação está vinculada ao Papa”, explicou a médica alergista e imunologista pediátrica do Hospital da Criança Cláudia Valente.
O pneumologista e professor da Universidade de Brasília (UnB) Ricardo Martins ressalta que a distribuição do remédio nas farmácias populares foi mais uma medida para melhorar a vida dos pacientes. “Antigamente, era um tratamento caro, mas, por meio dos programas criados pelo governo, o paciente tem acesso a maioria dos medicamentos na rede pública”, afirmou.
De acordo com estimativa do médico, o custo impedia o acesso de pacientes ao medicamento. “Em geral, era preciso gastar de R$ 50 a R$ 100 mensalmente no tratamento, e muitas famílias não podem pagar. Então, a distribuição na farmácia popular ajudou muita gente. Hoje não há justificativa para não tratar a doença”, disse.
Matheus Gonçalves, 13 anos, sofre com a asma desde os 2 anos de idade, mas só começou o tratamento da doença em 2011. “Sou alérgico à poeira e à fumaça, e geralmente tenho crises quando há mudança de temperatura, como nesta época do ano. Quando tenho crises, fico cansado, não consigo respirar direito, tenho chiadeira no peito, tosse seca, tenho uma sensação de que estou sufocando. Também não durmo e nem me alimento direito. Entretanto, desde que comecei o tratamento, quase não tenho mais crises, e estou me sentindo bem melhor”, contou.
Mariana Lima, 24 anos, tem asma desde criança, mas, com o tratamento, quase nunca tem crises, atualmente. “Tenho alergia à poeira, e, quando a temperatura muda, fico um pouco cansada. Quando tenho uma crise forte, vou parar no hospital para tomar oxigênio e medicamento. Não uso medicamento diariamente, só quando precisa, às vezes com nebulização resolve”, disse.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br

quarta-feira, 6 de junho de 2012


Projeto sobre distribuição de remédios para pessoas com câncer é aprovado na Câmara

Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Câmara dos Deputados aprovou hoje (5) projeto de lei do Senado que garante o acesso e a gratuidade de remédios contra a dor para pacientes vítimas de câncer. Os medicamentos serão distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O texto aprovado também estabelece um prazo de 60 dias, contados do laudo que diagnosticou a doença, para que o paciente tenha iniciado o seu tratamento, seja com cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.
De acordo com o relator do projeto, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), atualmente um paciente com câncer pode levar até seis meses para começar o tratamento. "Nesse período, o que era um nódulo já avançou para uma fase mais grave, e a chance de cura cai de 80% para 10%", disse.
Como o projeto foi alterado na votação dos deputados, ele retorna ao Senado para nova votação. O texto dos senadores definia que os doentes acometidos por intensas e constantes dores, induzidas por neoplastias comprovadas mediante laudo médico, terão tratamento privilegiado e gratuito para acesso a analgésicos, entorpecentes ou correlatos, no SUS.
 

Edição: Aécio Amado

segunda-feira, 4 de junho de 2012


Distribuição gratuita de medicamentos para asma começa hoje em todo o país

Repórter da Agência Brasil
Brasília – A partir de hoje (4), drogarias credenciadas no programa Aqui Tem Farmácia Popular começam a distribuir gratuitamente remédios contra a asma. De acordo com o Ministério da Saúde, os três medicamentos – brometo de ipratrópio, diproprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol – estarão disponíveis em mais de 20 mil estabelecimentos em todo o país. Para retirar os remédios, é preciso apresentar um documento com foto, o CPF e a receita médica dentro do prazo de validade.
A decisão de disponibilizar gratuitamente os medicamentos tem o objetivo de atender, prioritariamente, crianças com até 6 anos, já que a asma está entre as principais causas de internação nessa faixa etária. Em 2011, do total de 177,8 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência da doença, 77,1 mil foram crianças com essa idade. Além disso, cerca de 2,5 mil pessoas morrem por ano por causa da asma.
Ainda segundo o ministério, a incorporação dos medicamentos deverá ampliar o orçamento atual do Programa Saúde Não Tem Preço em R$ 30 milhões ao ano. Atualmente, o Farmácia Popular atende a 200 mil pessoas que buscam remédios para a asma, mas a previsão é que a gratuidade beneficie até 800 mil pacientes por ano.
Edição: Graça Adjuto