terça-feira, 31 de maio de 2011

Faltou dizer de onde vai sair o dinheiro e como vai ser financiado o funcionamento dos hospitais.



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Apresentado agora pela manhã a situação das obras dos complexos hospitalares que estão sendo construídos pelo Governo do Estado do Maranhão. A apresentação passa a ideia de que estamos mesmo vivendo num primeiro mundo, não fosse pela ausência de informações que até agora ninguém ousou discutir pra valer.


Para o Governo está aí definitivamente a resolução dos problemas da saúde do Maranhão, após a entrega de todas as unidades acabar-se-ão as filas, as faltas de atendimento, a procissão de ambulâncias, a humilhação que nossos pacientes sofrem em Teresina, a falta de médicos, a falta de vagas nas UTI´s, findará de uma vez por todas as terceirizações de hospitais que atrapalham e emperram o sistema, enfim, acreditam ou tentam nos fazer acreditar que com essas obras tudo será mesmo um paraíso.


Nesse jogo vale mais um amontoado de fotos, sites e até revista de luxo. Números, viabilidade técnica e financeira dessas unidades são apenas detalhes.


Quem assistiu, saiu realmente desconfiado, pois todos sabem qual é o custo para manter tais estruturas e a maioria dos municípios onde foram construídas, sequer pode manter uma enfermeira devido aos baixíssimos tetos financeiros atuais.


Faltaram, mais uma vez, respostas que continuam a incomodar, quais serão as especialidades médicas nas unidades de 20 leitos? E nas de 50 leitos? Irão funcionar 24 horas, ou só de segunda a sexta-feira meio dia? Sendo definidas pelo numero de leitos, irão começar funcionando com a internação, ou vão ser usadas para acomodar “programas já existentes”? Quais serão os serviços de diagnostico terapêutico? Como serão contratados os profissionais que tocarão as unidades, concursos públicos ou farra de terceirização? Existirá alguma relação da regionalização em andamento com o funcionamento das unidades hospitalares em obras? Se o recurso financeiro atual é insuficiente e é apontado como principal causa dos problemas nos sistemas de saúde dos municípios que é quem tem a obrigação de realizar os serviços, a entrada no sistema de mais essa quantidade de hospitais sem recursos para a sua manutenção, será mesmo a solução?

Nos próximos dias traremos importantes reflexões sobre o programa saúde é vida. Colabore com este debate, envie seu e-mail para blogdosus@blogdosus.com.br, ou blogdosus@gmail.com, caso você prefira, sua identidade será mantida em sigilo.

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