O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos em Saúde do Maranhão (SINPEES-MA) e funcionários do Hospital Carlos Macieira (Ipem) – que haviam paralisado suas atividades no mês passado, em protesto contra salários atrasados e o não pagamento de verbas rescisórias – denunciam que não foi cumprido o acordo firmado em reunião entre o Sindicato, a Secretaria de Saúde (SES) e a Bem Viver (empresa que substituiu a Cruz Vermelha na administração do hospital). A situação de abandono e sucateamento pela qual tem passado o hospital persiste, segundo os servidores.
De acordo com Lucimary Santos, presidente do SINPEES, a greve terminou depois da elaboração de um termo de ajuste de pagamentos e concessão do vale-transporte aos servidores. Referente ao pagamento das verbas rescisórias, ficou acertado que a categoria cobraria da antiga administradora (Cruz Vermelha) na Justiça do Trabalho, uma vez que já havia ingressado com ação cautelar referente à cobrança.
“A SES pagou os vencimentos referentes ao mês de abril aos 579 profissionais que prestavam serviço no HCM, por meio de contrato com a Cruz Vermelha, além do recolhimento do FGTS desses profissionais. Entretanto, nada mais aconteceu. Ainda existem 580 empregados da antiga administradora do hospital que não receberam suas rescisões contratuais. Um total de 120 profissionais já foram demitidos pela Bem Viver”, informou Lucimary Santos.
Segundo a sindicalista, a Cruz Vermelha não demitiu nem pagou as verbas rescisórias dos funcionários, que para efeitos legais ainda fazem parte do seu quadro funcional. Lucimary afirmou que a Bem Viver também não pagou ainda os dias trabalhados dos profissionais, que estão com os vencimentos atrasados desde o mês de maio.
O SINPEES moveu uma ação cautelar solicitando o bloqueio de R$ 3 milhões das contas do Estado, referente à verba que seria repassada a Cruz Vermelha, antes da intervenção do governo em abril de 2011, sob a alegação de irregularidade em algumas prestações de contas.
“A Justiça achou por bem ouvir as duas partes, a empresa concordou com o bloqueio, mas o Estado nem compareceu a audiência no último dia 7, na 1ª Vara do Trabalho. Contamos com essa liminar a nosso favor. Esse dinheiro será a garantia de que nossos direitos serão pagos”, disse Lucimary Costa.
Funcionários do Ipem, que preferiram não ser identificados, também reclamaram das condições de trabalho e afirmaram que o hospital está sucateado e em total estado de abandono. Um deles disse relatou ao Jornal Pequeno que estão trabalhando sem receber salários ou vale-transporte e ainda estão sendo ameaçados de demissão pelos chefes na casa de saúde por reclamarem seus direitos.
“Estamos pagando para trabalhar, pois temos que tirar de onde não temos para estar aqui todos os dias. Fazemos isso em respeito aos pacientes. Pedimos à coordenação que refizesse as escalas de trabalho em sistema de revezamento, uma vez que há pessoas que são obrigadas a vir todos os dias, enquanto outras só aparecem duas ou três vezes por semana. Mas eles não aceitaram e disseram que se faltarmos seremos demitidos por justa causa”, revelou o servidor.
Outra servidora informou que a empresa Bem Viver solicitou os documentos pessoais e profissionais dos funcionários, mas até hoje não admitiu ninguém e nem devolveu a documentação exigida. “O Ministério Público, as autoridades competentes, ou qualquer outro órgão precisa vir aqui urgente. Nesse hospital, morrem de dois a três pacientes a cada dois dias. Os médicos pediram demissão. Uma mulher de 31 anos, funcionária do Shopping do Cidadão, deu entrada aqui com suspeita de pneumonia para fazer uma nebulização e morreu horas depois. Tudo isso porque faltou energia e não tiveram como entubá-la”, disse a funcionária.
Os funcionários disseram que o pagamento de maio deve ser honrado por conta da provável visita já anunciada da governadora Roseana Sarney, na manhã da próxima segunda-feira (20), as instalações do HCM, quando será inaugurado o térreo, o terceiro e quinto andares. Os servidores afirmaram inclusive que o secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad, visitou e vistoriou todas as instalações do hospital na segunda-feira (13) e que, portanto, tem conhecimento do problema.
(Jully Camilo para o Jornal Pequeno)
De acordo com Lucimary Santos, presidente do SINPEES, a greve terminou depois da elaboração de um termo de ajuste de pagamentos e concessão do vale-transporte aos servidores. Referente ao pagamento das verbas rescisórias, ficou acertado que a categoria cobraria da antiga administradora (Cruz Vermelha) na Justiça do Trabalho, uma vez que já havia ingressado com ação cautelar referente à cobrança.
“A SES pagou os vencimentos referentes ao mês de abril aos 579 profissionais que prestavam serviço no HCM, por meio de contrato com a Cruz Vermelha, além do recolhimento do FGTS desses profissionais. Entretanto, nada mais aconteceu. Ainda existem 580 empregados da antiga administradora do hospital que não receberam suas rescisões contratuais. Um total de 120 profissionais já foram demitidos pela Bem Viver”, informou Lucimary Santos.
Segundo a sindicalista, a Cruz Vermelha não demitiu nem pagou as verbas rescisórias dos funcionários, que para efeitos legais ainda fazem parte do seu quadro funcional. Lucimary afirmou que a Bem Viver também não pagou ainda os dias trabalhados dos profissionais, que estão com os vencimentos atrasados desde o mês de maio.
O SINPEES moveu uma ação cautelar solicitando o bloqueio de R$ 3 milhões das contas do Estado, referente à verba que seria repassada a Cruz Vermelha, antes da intervenção do governo em abril de 2011, sob a alegação de irregularidade em algumas prestações de contas.
“A Justiça achou por bem ouvir as duas partes, a empresa concordou com o bloqueio, mas o Estado nem compareceu a audiência no último dia 7, na 1ª Vara do Trabalho. Contamos com essa liminar a nosso favor. Esse dinheiro será a garantia de que nossos direitos serão pagos”, disse Lucimary Costa.
Funcionários do Ipem, que preferiram não ser identificados, também reclamaram das condições de trabalho e afirmaram que o hospital está sucateado e em total estado de abandono. Um deles disse relatou ao Jornal Pequeno que estão trabalhando sem receber salários ou vale-transporte e ainda estão sendo ameaçados de demissão pelos chefes na casa de saúde por reclamarem seus direitos.
“Estamos pagando para trabalhar, pois temos que tirar de onde não temos para estar aqui todos os dias. Fazemos isso em respeito aos pacientes. Pedimos à coordenação que refizesse as escalas de trabalho em sistema de revezamento, uma vez que há pessoas que são obrigadas a vir todos os dias, enquanto outras só aparecem duas ou três vezes por semana. Mas eles não aceitaram e disseram que se faltarmos seremos demitidos por justa causa”, revelou o servidor.
Outra servidora informou que a empresa Bem Viver solicitou os documentos pessoais e profissionais dos funcionários, mas até hoje não admitiu ninguém e nem devolveu a documentação exigida. “O Ministério Público, as autoridades competentes, ou qualquer outro órgão precisa vir aqui urgente. Nesse hospital, morrem de dois a três pacientes a cada dois dias. Os médicos pediram demissão. Uma mulher de 31 anos, funcionária do Shopping do Cidadão, deu entrada aqui com suspeita de pneumonia para fazer uma nebulização e morreu horas depois. Tudo isso porque faltou energia e não tiveram como entubá-la”, disse a funcionária.
Os funcionários disseram que o pagamento de maio deve ser honrado por conta da provável visita já anunciada da governadora Roseana Sarney, na manhã da próxima segunda-feira (20), as instalações do HCM, quando será inaugurado o térreo, o terceiro e quinto andares. Os servidores afirmaram inclusive que o secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad, visitou e vistoriou todas as instalações do hospital na segunda-feira (13) e que, portanto, tem conhecimento do problema.
(Jully Camilo para o Jornal Pequeno)

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