terça-feira, 30 de agosto de 2011

Contra Dilma, Câmara decide votar emenda da saúde

Reunido com os líderes partidários nesta terça (30), o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), marcou data para votar o projeto que regulamenta a Emenda 29.

Decidiu-se que a proposta que tonifica o orçamento da saúde vai a voto no dia 28 de setembro. Chegou-se à data por acordo.
A decisão vem à luz um dia depois de Dilma Rousseff ter dirigido um apelo aos presidentes e líderes dos partidos que a apóiam no Congresso.
Dilma rogou aos mandachuvas das legendas governistas, reunidos no Conselho Político, que se abstivessem de votar a proposta da saúde.
Nesta terça, antes de saber que a Câmara remava em direção oposta, Dilma dissera o seguinte numa entrevista dada em Pernambuco:
"Não quero que me deem presentes de grego. Presente de grego eu não quero. Eu quero um presente para a saúde:…”
“…Quero saber como é que todo o investimento necessário para garantir que nosso povo tenha saúde de qualidade vai sair."
Na saída do encontro com Marco Maia, o líder do DEM, ACM Neto, insinuou que o cavalo de Troia que trota na Câmara carrega na barriga uma surpresa para Dilma:
“O governo é contrário à regulamentação, mas muitos partidos da base [governista] estão comprometidos com a matéria e devemos fazer maioria.”
Na entrevista pernambucana, Dilma dissera que os congressistas deveriam ter a "firmeza de aprovar a origem do recurso" que desejam injetar na saúde.
O texto base da proposta que corre na Câmara já foi aprovado. Deu-se numa votação ocorrida em junho de 2008.
Para que a votação seja completada, falta decidir sobre uma emenda que exclui do texto a criação de novo tributo, a CSS (Contribuição Social para a Saúde).
A oposição é contra o tributo, uma reedição da velha CPMF. Expressivos nacos do bloco governista também torcem o nariz para a CSS.
Alheio à pregação de Dilma, ACM Neto disse: “Há recursos de sobra no Orçamento da União e não será preciso criar novos tributos…”
“…Basta o governo economizar e evitar o desperdício em áreas como o trem-bala e os cargos em comissão.”

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