segunda-feira, 23 de maio de 2011

Municípios de Alagoas pedem mais financiamento nas verbas do PSF

O Conselho das Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (COSEMS) tem um pedido oficial para fazer ao governo federal durante a participação do Ministério da Saúde no Congresso Estadual de Secretarias: maior financiamento da União para as ações estratégicas da Saúde da Família. Os Municípios alegam que o custo para a manutenção das equipes é grande e a maior parte dos recursos tem que ser disponibilizada pelas prefeituras.

"A Estratégia da Saúde da Família tem uma concepção perfeita. Ela cria vínculos com as comunidades, aproxima o Município da população. As equipes, formada por médicos, enfermeiros, odontólogos, auxiliares de saúde bucal e agentes comunitários vão às ruas, visitam as casas e traçam o perfil dessas pessoas. Assim, é possível às secretarias elaborar suas políticas públicas na área de Saúde e cuidar da vida do seu povo. Todavia, manter uma equipe custa R$ 27 mil e, aos municípios, cabe arcar com R$ 15 mil. Esse valor é muito alto e as prefeituras não têm essa capacidade de pagamento. É por isso que não podemos aumentar a cobertura de atendimento", argumentou Sival Clemente, vice-presidente do Conselho e secretário municipal de Saúde de Marechal Deodoro.

Segundo ele, o governo federal desembolsa R$ 9,6 mil e o Estado paga apenas R$ 2,2 mil para manter uma equipe. Com o dinheiro da União, por exemplo, só nos é possível pagar o salário do médico. E o restante da equipe? Vamos pedir ao Ministério da Saúde que repense esses valores. Não se pode tratar desiguais de forma igual. Se o governo federal não puder aumentar o gasto com todas os mais de cinco mil municípios do Brasil, que assim o faça com a região Nordeste, por exemplo, que é mais pobre e tem mais pessoas dependendo do serviço público", explicou Clemente.

E ele ainda acrescentou que, se as prefeituras tiverem gastos menores com a Saúde da Família, poderiam ampliar a quantidade de equipes espalhadas pelas comunidades de cada cidade. "È preciso lembrar que essa ação é muito importante. Os grupos tratam pacientes com diabetes, hipertensão, cuidam do calendário de vacinação das crianças, acompanham o pré-natal das gestantes etc. Se a saúde nos municípios for bem, o Estado vai bem e a União também", lembrou o gestor.

O pedido oficial do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas será entregue, por meio de uma carta, que seguirá assinada pelos 81 secretários que estão presentes ao Congresso.

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