segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O SUS e o colapso da Urgência

Qualquer visita a uma unidade de Pronto Atendimento, UPS, ou mesmo hospitais que atendem a urgência, mostrará as graves consequências da falta de atenção básica nas redes de saúde. São raras as cidades que realmente possuem uma rede de atenção básica funcionando e diminuindo o caótico sistema de urgência. E o custo destas unidades, poderia ser muito menor. Se tivesse gestão integrada com outras unidades, se a troca de dados fosse feita de maneira aberta.

O custo de uma urgência é maior. Não espere em um pronto socorro uma consulta de qualidade. Querer isto de um médico que é focado na urgência, para atender a uma simples gripe, gerar o atestado de afastamento é pedir demais. A maioria dos médicos que estão na urgência, principalmente no SUS, atendem a casos que podem e deveriam ser tratados na rede básica. O problema que a Rede básica está toda sucateada. Não se renovam profissionais, não é estimulante ao profissional atender ao volume de pacientes. E em muitos casos, a rede básica simplesmente não sabe gerenciar horários e jornadas de trabalho.

Você precisar consultar com determinada especialidade na rede básica é um calvário. Exames específicos, pior ainda. Não existe realmente o menor sentido uma mamografia demorar 6 meses para ser feita, depois da consulta médica. E, associado a isto, existe uma rotatividade de quadros profissionais. Falta planejamento, falta gestão, falta estratégia, falta comunicação, informação. E falta recurso.

Diversos municípios e estados alardeiam que investem pesado em saúde. Mas, se o investimento existe, por que o quadro ainda continua tão feio? Quem falha? Médicos, enfermeiros? Gestores? Políticos?

Infelizmente a reflexão que me cabe é que tendemos a investir demais, sem conhecer realmente a real necessidade de investimentos. Falar em investimentos em saúde é fácil. Políticos são hábeis nisto. Mas por que estes investimentos tem pouco resultado? Porque são sempre feitos da maneira errada, no tempo errado, nos lugares errados.

E vamos subindo a montanha.

Um comentário:

  1. o hospital de doenças tropicais de goiânia, goiás esta com as duas autoclaves estragadas, elas tem mais de 20 anos de uso e ainda ficam tentando arrumá-la sem sucesso comprando teste pra avaliar a qualidade que a maioria dá problemas comprometendo a saúde do úsuario e dos profissionais que ficam de hospitais em hospitais carregando material pra esterilizar por que não compra outra autoclave, dizem que é por falta de verbas mas as peças que já foram trocadas davam pra comprar umas três

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